English French German Spain Italian Dutch Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified

Noite clara na beira do rio

A noite era de estrelas e não havia lua. A pouca luz vinha do céu filtrada pelos galhos das árvores debruçadas sobre as água prateadas. Era a Piracema e os peixes faziam barulho subindo a corrente. A gente ouvia o bater dos dentes dos curimbas, piabas e piracanjubas. Um curiango agourento piava, o grilo distante cricrilava insistentemente no escuro.
O fogão fumegante soltava fumaça, a chaleira fervia água para o café matinal e o dia, esplendoroso, começava.
Saia o sol sonolentamente rubro no horizonte recortado de palmeiras de palmas balançando ao vento. Na beira do rio os peixes ariscos pulavam assustados deixando círculos marcados na água branca espumante. Uma perereca saltava, a linha esticava e o peixe pulava. A moça sorria e se assustava, cara ao sol, cabelos na ventania, carinhosa e bonita, mais bonita depois daquele beijo demorado e grudento.

Juvenil de Souza não sabe o que dizer.


Próximo texto
Página anterior

Nenhum comentário:

Postar um comentário