
A avezinha cata insetos no chão, formigas, besouros e volta para o ninho rapidamente. De vez em quando pousa no galho seco do pessegueiro morto e trina alegremente. Debruçado à janela, lembramos de outras corruíras nos quintais de antigamente quando a não era preciso corruíras para nos lembrar dos quintais de antigamente. Lá embaixo a lavadeira continua sua faina, fechamos a janela do quarto e o canto da avezinha desaparece naquele roncar de carros, bancos abrindo as portas, gente com pressa na rua, fumaça, barulho e correria à toa. A caminho da forca onde nos aguarda o insípido trabalho constatamos, com tristeza, que nada vale mais que o trinado de uma corruíra que nos acorda de manhã, toda manhã.
Juvenil de Souza ouve
pássaros e também estrelas.
Próxima crônica
Página Inicial